05/08/2015
MORRO DE SÃO PAULO
Este pequeno povoado, situado no Arquipélago de Tinharé, reserva muitas surpresas e praias maravilhosas.
Há 14 anos, quando estive lá a primeira vez, Morro era um lugar quase deserto, com uma vila que começava a querer crescer. Voltei em janeiro de 2011 e me surpreendi com o que eu encontrei.
Morro tem apenas quatro praias "exploradas" e duas ruas principais. As praias são identificadas por ordem numérica. A primeira e a segunda praias são as mais próximas do centrinho e as mais procuradas para o agito.
A Terceira praia é mais tranquila e tem algumas pousadas e restaurantes; na Quarta praia a tranquilidade reina absoluta. Nas duas últimas as piscinas naturais de águas transparentes são perfeitas para a prática do mergulho. Além dessas quatro praias, Morro conta ainda com a praia do Encanto (ou Quinta), a praia da Gamboa e a praia de Guarapuá.
Jovens mochileiros chegam de toda parte do mundo e desembarcam no minúsculo porto em busca da agitada noite da vila. Mas também chegam casais e famílias que procuram e encontram sossego. O povoado é pequeno, mas tem lugar para todo mundo.
O estilo pitoresco é reforçado ainda pela proibição do tráfego de automóveis na ilha. Embora os pés sejam o meio de transporte mais comum, Tratores e jardineiras particulares levam os turistas até as pousadas ou aos pontos turísticos por uma estrada de terra paralela à praia. As caminhadas, entretanto, continuam sendo a melhor maneira de conhecer a ilha.
Aventura em Morro
Para quem gosta de aventura, uma boa dica é descer de tirolesa curtindo o visual de Morro. Saindo do Farol do Morro, são cerca de 340m de comprimento a 70 metros do chão até aterrisar nas águas da Primeira Praia. Adrenalina pura !
Morro de São Paulo tem o cheiro da Bahia. O povoado mantém, após mais de 400 anos de descobrimento, algumas características arquitetônicas retratada pelos antigos sobrados, pela Fortaleza de Tapirandu, pela Fonte Grande (construída para captação e decantação de águas em 1746, a fonte foi o ponta-pé inicial para o crescimento da vila. Ao seu redor foram construídas as primeiras casas coloniais onde hoje funcionam bares, restaurantes e pousadas) e a Igreja Nossa Senhora da Luz.
Em Morro, encontramos hotéis e pousadas para todos os tipos de bolso e gosto. A culinária também é bem variada: como não são apenas os baianos que habitam a vila, as moquecas e os bobós dividem espaço com receitas italianas, espanholas, japonesas, argentinas entre outras. Para escolher o que vai comer suba para a vila ou procure os restaurantes da segunda praia, mas sempre depois das cinco da tarde. Antes disso, os restaurantes estão fechados.
Na vila e nas praias mais próximas da vila (primeira e segunda), além dos restaurantes aproveite para passear pelo caminho do álcool, visitar a feirinha de artesanato e curtir as festas do Luau.
Dica para curtir a vida noturna de Morro
Descanse depois que chegar da praia. Até meia-noite, o movimento acontece apenas nos restaurantes e nas várias barraquinhas montadas no caminho da segunda praia e na subida da vila que vendem diferentes drinks (comparada a famosa passarela do álcool de Porto Seguro). É só depois desse horário que o burburinho começa pra valer, em especial nos luaus que acontecem quase que diariamente na Segunda Praia. Para quem prefere começar a night mais cedo, a dica é curtir o pôr do sol no bar Toca do Morcego, na vila, e emendar nas festas que rolam por lá.
Erguido em 1630, do forte de Morro de São Paulo sobraram apenas ruínas tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional. Turistas e nativos frequentam o forte nos finais de tarde para apreciar o pôr do sol. Para chegar até lá são apenas cinco minutos de caminhada por trilha a partir da vila.
QUANDO IR PARA MORRO
A vila é movimentada o ano inteiro, mas o agito é maior durante o verão. Já virou moda ir para Morro de São Paulo logo após o Carnaval para sarar da ressaca. A procura a partir da Quarta-Feira de Cinzas é tão grande que a maioria das pousadas oferece pacotes especiais para esse período.
PARA CHEGAR ATÉ MORRO:
Morro fica distante de Salvador cerca de 280 quilômetros. Escolha uma das três opções de traslado:
Avião Bimotor – são duas as empresas aéreas que fazem esse translado (25 minutos). O preço é salgado mas é de longe a maneira mais rápida e prática de chegar.
Táxi aéreo
Addey Taxi Aéreo – (71) 3204-1393 - https://www.addey.com.br
Aerostar Táxi Aéreo - (75) 3652-1312 - https://www.aerostar.com.br
Catamarã – (2h de translado). Os barcos saem em frente ao Mercado Modelo. Dica: essa opção é a mais econômica porém, muitas pessoas sofrem com o balanço do barco, mesmo tomando medicação para enjôo.
Combinação marítima/terrestre- atravesse de balsa de Salvador a Itaparica. De lá combine antecipadamente com uma van ou ônibus que o leve até Valença (aproximadamente 1h30). De lá são mais 10 minutos em lancha rápida até Morro.
Dica: é muito importante conhecer bem estas opções antes de fazer a escolha.
Uma notícia que vai ajudar muito chegar a Morro e a Boipeba: a companhia de aviação Azul está prometendo ainda para esse ano (2015) voos para Valença. Os voos saem de Campinas aos sábados.
TAXA DE TURISMO
Ao desembarcar em Morro de São Paulo é preciso pagar uma taxa de preservação, independente do período de permanência na ilha.
Dicas: Evite fila na chegada ao Morro de São Paulo, pague a sua taxa de turismo antecipadamente nos Catamarãs.
Para quem chega de táxi aéreo, a taxa é cobrada no desembarque, na pista de pouso.
Informações importantes:
Informações Turísticas - Tel.: (75)3652-1104
No cais de Morro há meninos que se oferecem para carregar as malas até a pousada. Dica: informe-se onde fica a sua pousada e acerte o preço antes - a subida é íngreme, as ruas são de areia e não dá para empurrar as malas com rodinhas. Vale a pena pagar.
Celular e Internet - em Morro de São Paulo há cobertura de telefonia celular e cybercafés
a rede elétrica é 220v
Bancos em Morro- não tem agências bancárias, mas há caixas eletrônicos do Banco do Brasil, Bradesco e uma casa lotérica (Caixa Econômica Federal). Em Valença, há agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco, mas não há bancos 24 Horas.
Dicas: leve pouca bagagem e sapatos confortáveis.
Um dos passeios pais interessantes em Morro de São Paulo é conhecer a Ilha de Boipeba. Outra opção é reservar uns dias para Morro e outros para Boipeba.
Ilha de Boipeba
A Ilha de Boipeba é o oposto da badalada vizinha. Boipeba é o Morro de São Paulo de ontem. Enquanto Morro aposta no turismo e na badalação, Boipeba caminha na direção inversa. Por iniciativa dos próprios nativos e forasteiros que lá aportaram, foi transformada em Área de Proteção Ambiental, garantindo cenários desertos dia e noite, o ano inteiro.
A ilha tem dois núcleos principais: a Boca da Barra onde está o píer e a maior parte do comércio e dos serviços; e Moreré, a parte mais sossegada da ilha.
Atenção: Não há agências bancárias e nem caixas eletrônicos em Boipeba.
Distante cerca de 270km de Salvador, a Ilha pertence ao distrito de Cairu. Cercada de um lado pelo oceano Atlântico e de outro pelo rio do Inferno, o acesso à Boipeba também não é simples.
QUANDO IR
A melhor época é entre setembro e dezembro, quando as temperatura estão agradáveis e os preços menores. A alta estação vai do Natal ao Carnaval e o período de chuvas, de abril a julho.
As semelhanças entre as duas vilas ficam por conta do charme rústico das ruas de terra onde o tráfego de automóveis é proibido e das praias paradisíacas, com águas claras, areias brancas e vastos coqueirais.
PRAIAS EM ILHA DE BOIPEBA
Boipeba exibe vinte quilômetros de praias intocadas com coqueiros e mar azul. Chega-se a elas caminhando ou de barco:
A Boca da Barra é a praia mais movimentada e a mais próxima do centro da vila, ponto de parada de excursões e de concentração de pousadas.
A paria de Bainema é quase deserta e tem águas calmas e transparentes, a praia é contornada por coqueiros e na maré baixa forma-se várias piscinas. Vale o passeio!
Vale a pena caminhar uma hora, ou pegar um barco para chegar a Moreré, pequena praia com coqueiros e uma enorme amendoeira. Na maré baixa, as piscinas naturais são excelentes para o mergulho. Os bares de pescadores instalados na região servem fartas moquecas.
A Ponta dos castelhanos é a melhor praia para quem gosta de mergulhar: os recifes e o naufrágio de um navio espanhol podem ser visto quando a maré está baixa.
A praia da Cueira é a melhor para banhos e também é aqui que encontra-se a barraca do seu Guido especializa em servir as lagostas mais famosas da região.
Culinária
A lagosta é a grande estrela da gastronomia local, elas são preparadas na própria água do mar e são vendidas com bons. As moquecas, regadas a azeite-de-dendê, também são muito procuradas e podem ser saboreadas nos restaurantes da vila. Na baixa temporada, alguns restaurantes podem estar fechados. Nesse caso, procure as barracas das praias.
Saiba mais sobre a ilha no site:
https://www.ilhaboipeba.org.br/boipeba.html