03/08/2015
Um dos lugares mais lindos do Brasil e provavelmente no mundo é indiscutivelmente Fernando de Noronha. A primeira vez que estive lá foi em julho de 1998. Naquela época não existiam hotéis e água quente. Ficamos numa casa de moradores locais que alugam a casa para os turistas e moram nos fundos da casa.
Julho de 2015: acabei de chegar de lá novamente! Apaixonada mais uma vez pelo lugar!
Sempre viajo pensando no próximo, ou melhor, nos próximos destinos e assim que acabo a viagem normalmente risco o lugar visitado da minha enorme lista a ser visitada. Sai de Noronha dizendo: com certeza aqui é um lugar que pretendo voltar!!!
Mas o que é inesquecível em Fernando de Noronha? Pra mim, tudo! A cor da água e a riqueza da fauna marinha são fantásticas! Fizemos dois inesquecíveis mergulhos de cilindro a muitos metros de profundidade, uma água quente e transparente. Um dos mergulhos foi acompanhado de um cardume de tubarões!
Mas para quem não quer se aventurar tanto, os mergulhos livres são fantásticos: arraias, tartarugas marinhas e uma variedade de peixes acompanham o passeio o tempo todo desde a beira da praia.
Com uma população local de cerca de 3.000 habitantes, o arquipélago de Fernando de Noronha consegue preservar a sua paisagem natural através de um rígido controle de visitantes. Apenas 700 turistas podem entrar na ilha por dia, pagando uma taxa diária de preservação ambiental de aproximadamente R$ 50,00; a partir do décimo dia essa taxa tem um acréscimo considerável.
Dica: pague a taxa ambiental antecipadamente pela internet (https://www.noronha.pe.gov.br/) para evitar as filas no aeroporto na hora do desembarque.
Além da taxa ambiental, o turista tem que pagar um ingresso do Parque Nacional Marinho (ICMbio). Cerca de R$ 75,00, válidos por dez dias. Pode-se pagar essa taxa também pela internet ou na própria ilha, onde recebemos uma carteirinha para ser apresentada em alguns pontos turísticos. Por isso ande sempre com a carteirinha em mãos.
Os pontos de vendas dessas carteirinhas: quiosque da Praça Flamboyant, no PIC Sancho e no centro de visitantes do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), no Boldró.
Quando ir e quanto tempo ficar?
Noronha é quente o ano todo!!!
Depende do que você quer fazer lá: se for surfar, vá nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Nessa época do ano as águas são boas para o esporte.
Agosto a outubro são ideais para o mergulho, época do ano em que o mar fica mais calmo e chove menos.
Se você me perguntar quantos dias é o ideal para conhecer Noronha, eu vou responder que pelo menos cinco dias inteiros para conhecer e mais uns três para repetir os passeios que gostou mais.
Como chegar?
Atualmente chegam três voos por dia durante a semana e quatro nos finais de semana. Os voos saem somente de Natal e Recife e demoram aproximadamente 55 minutos de viagem.
Dica: os pilotos costumam fazer voo panorâmico na chegada. Para quem quer aproveitar e tirar fotos aéreas escolha o lado esquerdo do avião.
Como andar por lá?
O aeroporto de Noronha fica no meio da ilha. Combine com a sua pousda um transfer idae volta até lá. Fernando de Noronha tem a menor BR do Brasil, (são 7 km), mas não dá para circular a ilha somente a pé, existem algumas opções: alugar um buggy, pegar um táxi, ônibus circulares e até mesmo uma carona.
Numa ponta da Ilha a Praia do Sueste e do Leão, do outro a praia do Porto. Entre as pontas os bairros: Vila Floresta Nova, vila dos Trinta e vila dos Remédios. É tudo tão perto e tão fácil! Não há como se perder!
Dica: ao alugar um buggy verifique se ele tem documentação regular para rodar. Diariamente a polícia militar faz blitz nas estradas para averiguar situação dos veículos, a documentação dos condutores e o número de passageiros nos buggys (no máximo cinco). Fique de olho: na maioria das vezes os veículos alugados não são entregues com combustível, onde o locatário deve se dirigir imediatamente ao posto para abastecer. O único problema é que o posto fecha às 19h e só reabre no dia seguinte.
Onde ficar?
A ilha tem hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos. Levar em conta a localização é um bom começo: as pousadas mais centrais facilitam o acesso a pé às praias e aos restaurantes. Quanto mais afastadas as pousadas, maior é a tranquilidade, mas gasta-se mais com os deslocamentos.
Recomendo de olhos fechados duas pousadas:
- Pousada do Vale, onde eu fiquei. Às quintas-feiras são servidas (de cortesia) no jantar uma deliciosa peixada. Nos outros dias, são servidos lanches (também já inclusos) bem reforçados entre o final da tarde e começo da noite. Não é uma pousada barata, mas na minha opinião vale o investimento. Antes de optar por ela fiquei em dúvida entre outra que tinha piscina. Muito mais cara e pior cotada na avaliação dos clientes. Pensei em ficar nessa por causa da piscina, mas acabei confirmando o que todos diziam: não dá tempo de usar a piscina em Noronha. Pura verdade! Os quartos são muito limpos e super confortáveis (https://www.pousadadovale.com/).
- Pousada Naiepe – essa pousada, cujos donos são meus conhecidos, era minha primeira opção, mas quando entrei em contato já não tinha mais lugar. Fomos visitá-la e comprovamos as avaliações dos hóspedes na internet: aconchegante, poucos quartos, serviço diferenciado e personalizado. Bem localizada (fica em Floresta Nova), tem estacionamento próprio, mas para quem está a pé, fica perto de tudo, inclusive do ponto de ônibus que leva os passageiros de um lado por outro da ilha.
https://www.pousadanaiepe.com.br/
Outras pousadas com ótimo custo/benefício:
. Ilha do Frade
. Alto mar
. Canto do Boldró
. Mar Atlântico
Praias
Fernando de Noronha reúne três das dez praias consideradas as mais bonitas do Brasil: a Baía do Sancho, a Baía dos Porcos e a Praia do Leão.
Além dessas praias, outra praia que eu adoro é a Cacimba do Padre!
Chegar à Praia do Sancho é uma aventura a parte: a chegada pode ser feita pelo mar (barcos) ou descer pela famosa fenda no meio das rochas. Essa segunda opção é muito divertida, mas requer um pouco de preparo físico e espírito esportivo. Independente da forma que escolher chegar nem pense em deixar de ir!!!
Para nadar e mergulhar com as tartarugas marinhas vá a praia do Sueste.
A maioria das praias são desertas, sem nenhum tipo de barracas, quiosques e vendedores ambulantes. As praias mais próximas a Vila dos Remédios costumam ter um pouco mais de movimento: São elas as praias do Cachorro e da Conceição. A outra opção de praia com apoio de barracas é a praia do Porto.
A praia do leão é uma das escolhidas pelas tartarugas marinhas para a desova. Entre os meses de março e julho acontece a abertura dos ninhos e de janeiro a maio a desova das tartarugas (tartarugadas) - sob supervisão do Projeto Tamar. Os turistas interessados em acompanham de perto a corrida das tartaruguinhas rumo ao primeiro banho de mar deve agendar com antecedência.
A ilha tem duas costas:
- As praias do mar de dentro (voltado para o Brasil). São elas: Baía do Sancho, Baía dos Porcos, o famoso Morro dois irmãos, Cacimba do Padre, Quixabinha, praia do Bode, do Boldró, da Conceição, do Meio e a do Cachorro.
- As praias do mar de fora (voltado para a África). São elas: Buraco da Raquel, praia do Leão, da Atalaia, Baía do Sueste, Enseada da Caieira, entre outras.
O que não pode faltar na bagagem?
Biquini, sunga, boné, protetor solar, óculos escuros, câmera fotográfica, tênis para caminhada, máscara, snorkel e nadadeiras. Mas não se preocupe se não tiver ou esquecer de levar o equipamento de mergulho, você pode alugá-los na própria pousada ou nas agências de mergulho.
Onde comer?
A comida, assim como todo o resto em Fernando de Noronha é cara, pois a maior parte dos ingredientes vem do continente.
Existem bons e caros restaurantes, mas se você não quer gastar muito prefira os bufês. São várias opções. Entre os restaurantes que comi, recomendo alguns.
Provei e gostei:
Restaurante da Edilma – comida caseira e simples bem no centro da Vila dos Remédios.
Restaurante Xica da Silva – comida mais elaborada e variada. Não é muito barato. Fica em Floresta Nova.
Barraca das Gêmeas – atrás da Praia Cacimba do Padre. Aproveite o chuveiro de água doce para tirar o sal do corpo e coma uma refeição simples e gostosa.
Restaurante do Jacaré – comida simples e bem servida. Vila dos Remédios.
Restaurante do Valdênio – comida bem servida e simples, frequentado pelos nativos da ilha. Vila dos trinta.
O que não pode deixar de fazer durante a sua estadia na ilha?
- Passear de barco para ver os golfinhos e no caminho parar para o mergulho livre na Baía do Sancho (com máscara, snorkel e nadadeira).
- Alugar pelo menos um dia um buggy e fazer um tour pela ilha com, com parada nos mirantes. Imperdíveis, na minha opinião: o Mirante da Baia dos Golfinhos, o Mirante do Sancho, o Mirante dos Dois Irmãos, Buraco da Raquel e o Forte na Vila dos Remédios.
- Mergulhar nas piscinas naturais. Para visitar as piscinas naturais de Atalaia atualmente precisa ser reservado com bastante antecedência. Quando fechar a pousada peça para o pessoal fazer a reserva do passeio.
- Assistir o por do sol (dizem que os melhores lugares para ver o por do sol são na praia do Porto ou na praia do Meio).
- Madrugar para observar os golfinhos Rotatores. Essa observação é feita na Baía dos golfinhos e é acompanhada pelos biólogos responsáveis por esses animais.
- À noite, o programa obrigatório é ir até o projeto Tamar para assistir as palestras sobre a fauna local, que começam diariamente às 20h. Depois de bater o ponto nas palestras, vá para o Bar do Cachorro, onde o agito acontece todas as noites: forró e maracatu (o Bar fica na Vila dos Remédios). A novidade da ilha é o “Pico”: com uma proposta nova, o lugar pretende reunir bar, restaurante, balada, shows, cinema ao ar livre e venda de artesanato. O Pico fica na Floresta Nova.
- Provar o famoso bolinho de tubarão servido no Museu do Tubarão.
- Vila dos Remédios – o centrinho com ruas de pedra concentra os principais serviços da ilha: correio, agências responsáveis pelos passeios, casa lotérica, farmácia, lojinha de conveniência e banco. Não deixe de visitar as ruínas do Forte dos Remédios, o Palácio São Miguel, o Museu Histórico e o Museu do Tubarão.
- Prancha submarina - nesse passeio, um barco reboca por uma corda uma prancha de acrílico permitindo a observação do fundo mar. Leve máscara e snorkel.
- Mergulho - Fernando de Noronha é considerado o melhor lugar para se mergulhar no Brasil. As águas são transparentes, podendo chegar a 50m de visibilidade (principalmente entre agosto e novembro). A temperatura média da água (27 C) é um atrativo extra. Durante o mergulho você pode encontrar arraias, tartarugas, tubarões e uma variedade incrível de peixes. É imperdível! Quem nunca mergulhou pode fazer o curso no local. Não deixe de ir!
- O arquipélago de Fernando de Noronha, conhecido com a esmeralda verde do Atlântico, é formado por vinte e uma ilhas de terras vulcânicas, sendo que apenas a maior é habitada. Noronha tem 17 quilômetros quadrados de extensão e é atualmente propriedade do governo de Pernambuco. O IBAMA é responsável pela sua fiscalização.
Para saber mais sobre a história de Fernando de Noronha, escolher onde se hospedar, onde comer e visualizar o mapa da ilha com os nomes e a classificação das praias, acesse e link do Site oficial mantido pela administração do arquipélago:
https://www.noronha.pe.gov.br/